Growth hacking é uma estratégia de negócio que orienta cada ação da empresa ao seu crescimento. Mais do que uma técnica, esse modelo promove um mindset que deve ser difundido entre todos os profissionais da organização, voltado para o desenvolvimento de todas as áreas e a melhoria contínua da performance.
Se você está em busca do que significa growth hacking literalmente o termo pode ser traduzido como hacking de crescimento.
A seguir, organizamos um breve guia que explica não só o que é growth hacking, mas também quais os seus benefícios e como ele é aplicado hoje nas empresas.
Acompanhe até o final e entenda como o Nubank, RD Station, Eventbrite e Vida de Startups implementaram esse modelo em seu dia a dia. Curtiu? Então continue lendo.
Growth hacking: o que é?
Growth Hacking é um campo de marketing focado em testes e experimentos. Ele tem como meta encontrar oportunidades de negócio, de forma criativa e rápida, por meio de testes de hipóteses e ideias que potencializem a expansão acelerada e eficiente de um negócio.
Pode parecer complexo à primeira vista, mas o growth hacking tem sido cada vez mais usado no mundo, não só no meio de startups.
Veja na imagem abaixo o report do Google Trend para o termo:
Nas palavras de de Ryan Holiday, Ex-diretor de Marketing da American Apparel e autor do livro Growth Hacker Marketing:
“Growth Hacker é um híbrido entre o especialista em Marketing e o desenvolvedor de código, que analisa questões fundamentais do Marketing como “Como conquistar mais clientes para o meu produto? ” e responde com Teste a/b, landing pages, fatores de viralidade, entregabilidade de emails, etc.”
Mas, se você ainda está um pouco confuso sobre o que significa o conceito, nós te ajudamos a desvendar essas palavras e compreender como elas podem ser aplicadas no seu dia a dia. Para isso vamos primeiro entender onde surgiu growth hacking.
O conceito foi criado em 2010, por Sean Ellis, empreendedor, escritor e investidor norte-americano, que analisou empresas com um crescimento acelerado e descobriu algo que todas possuíam em comum: um passo a passo claro e simples para implementar melhorias em seus processos, em busca de oferecer à organização um crescimento sustentável.
Se observarmos bem essa origem podemos encontrar os pontos básicos do que é growth hacking, como:
- o foco em identificar processos que precisam ser otimizados e
- o levantamento de hipóteses sobre as melhorias que podem ser aplicadas em busca dessa otimização.
Em suma, isso é growth hacking: uma forma de estimular o crescimento da empresa a partir da identificação de lacunas, levantamento de hipóteses, modelagem básica de um novo processo, aplicação e testagem. A partir dos resultados, o modelo pode ser aprimorado.
Perceba que, ao invés de ser uma metodologia complexa de gestão, o growth hacking tem justamente a proposta contrária a isso.
Seu objetivo é tornar o processo de melhoria contínua da empresa mais rápido e eficiente, a partir do levantamento de hipóteses e da sua aplicação empírica por meio de testes com protótipos simples.
Ao eliminar processos complexos e evitar perda de tempo com soluções que ainda não foram testadas, a empresa aumenta sua eficiência.
Para que você entenda como é possível colocar na prática essa mentalidade, vale lembrar de um dos maiores exemplos de growth hacking no marketing até hoje: a ação do Hotmail.
Todos os Growth Hackers buscam o “Santo Graal”, ou seja, um crescimento acelerado como o do sistema de hospedagens de e-mail. Em 1997 o pessoal do Hotmail teve uma ideia simples, mas genial: eles adicionaram uma linha no final de cada email enviado com a seguinte mensagem: “Get Your Free Email at Hotmail.”.
Esta única linha, com um link que levava ao site do Hotmail, serviu como marketing gratuito que teve um efeito vital para a empresa. Em menos de um ano a tática levou mais de 12 milhões de usuários para a plataforma. Exemplo perfeito do que significa growth hacking na prática.
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Growth hacking é para qualquer negócio?
Sim! Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, growth hacking é para qualquer negócio, desde pequenas a grandes empresas. Isso porque esse modelo não demanda a criação de um setor nem mesmo a contratação de um especialista.
Porém, é indispensável que os profissionais da organização compartilhem a mesma visão: orientar suas ações, estratégias e mentalidade para o crescimento acelerado e sustentável da empresa.
Se essas pessoas forem capazes de desenvolver esse mindset, então é possível sim aplicar o que é growth hacking no negócio.
Junto com essa mentalidade, uma ferramenta capaz de coletar e medir resultados de diferentes processos e setores da empresa também será importante. Afinal, é por meio da avaliação dos dados, que será possível identificar problemas e cogitar projetar melhorias.
Para direcionar as suas ações para as áreas que demandam otimização, é vital considerar um passo a passo simples na execução do growth hacking na sua empresa:
- Identifique a demanda;
- Levante hipóteses sobre a solução;
- Modele um formato básico e mínimo da solução;
- Faça o teste;
- Observe os resultados que foram alcançados com o protótipo.
A partir dos resultados alcançados pelo protótipo, sua equipe deve definir se irá investir na solução ou descartá-la.
Caso os resultados sejam positivos o investimento deve ser feito no desenvolvimento e no aperfeiçoamento do protótipo a fim de chegar em um modelo final completo.
Assim, ao invés de perder muito tempo desenvolvendo um processo que ainda não foi testado, sua empresa passa a dedicar esforços financeiros e humanos, apenas quando há alguma comprovação de resultado.
Tudo isso torna mais ágil o teste de diferentes modelos e ideias de melhorias seja de processos, produtos ou serviços.
Uma das formas de conseguir esses dados é usar um integrador de ferramentas (como a Pluga).
Isso porque a integração de ferramentas permite que sua empresa conecte softwares como:
- automação de marketing,
- CRMs,
- plataformas de análise de dados,
- chatbots,
- sistemas financeiros e muito mais.
O resultado é o aumento da eficiência na gestão de informação da empresa, permitindo uma visão geral do negócio, para a identificação mais rápida das necessidades e falhas.
Exemplos de growth hacking com especialistas do Nubank, RD e mais
Agora sim, vamos apresentar alguns dos exemplos inspiradores de growth hacking.
Marco Gomes, Fundador do Mova Mais e da Boo-Box
Marco Gomes, Fundador do Mova Mais e da Boo-Box. O Marco usou, no período de pré-lançamento do Mova Mais, muitas Splash Pages [Landing Pages]. E qual foi a tática?
Ele contratou uma boa assessoria de imprensa que o ajudava a direcionar tráfego para a Splash Page e isso permitiu que a Mova Mais conseguisse mais de 20 mil cadastrados antes do lançamento.
Um ponto importante que o empresário pontuou foi a análise do retorno entre os variados canais de mídia. Para o Mova Mais, o resultado de um artigo no Catraca Livre, que cadastrou 80 mil leads, foi muito maior do que na Folha de São Paulo, que cadastrou apenas mil leads.
Claro que toda startup tem o seu mercado e o seu canal, mas é importante abrir o olho de que há canais alternativos a Globo.com, Folha, etc.
E uma frase do Marco chamou muito a atenção foi: “Frustração é a diferença entre expectativa e realidade“.
Essa frase pode ser bem contextualizada quando projetamos uma expectativa muito maior do que podemos entregar, como, por exemplo, projeção de faturamento para o ano ou número de clientes.
Gabriel Costa, Growth Hacker da RD Station
RD Station é uma das principais ferramentas de automação de marketing do Brasil. Eles estão realizando um trabalho incrível, o que se refletiu na venda da empresa para a Totvs por R$ 1.86 bilhão. (Ah! Você sabia que RD Station é uma ferramenta integrada na Pluga?).
O empreendedor conta sobre um desafio muito grande para a equipe comercial, que é explicar o compromisso de fidelidade do cliente para com a RD Station.
Talvez você não saiba, mas a RD Station pede um compromisso financeiro de cara, inclusive com direito à multa em caso de quebra de contrato.
Ele explicou que existe um tempo de mais ou menos 4 meses para o cliente começar a perceber o resultado da RD Station, isso porque demanda implementação, estratégia, testes A/B. Por isso existe a necessidade de permanência na plataforma por um tempo mínimo.
Isso não é fácil e demanda força de vontade do cliente.
Para ajudar o cliente, a Resultados Digitais conta com uma área de customer success estruturada, que seria algo como departamento de Sucesso do Cliente [Ah! Atendimento ao cliente e Sucesso do cliente são áreas diferentes hein].
Rafael Carvalho, Growth Hacker da Nubank
Nubank é uma das startups mais promissoras do Brasil, que chegou a crescer a uma média superior a 60% ao mês, contando com uma fila de mais de centenas de milhares de pessoas na análise de crédito! 💰💰
Para o Nubank,a imprensa foi essencial no início, e que o artigo da Exame de 2015 deu a visibilidade que precisavam para começar. Isso, somado ao atendimento ao cliente diferenciado, tornaram a Nubank uma das startups mais quentes ainda no ano de 2015.
Eles também abusaram de estratégia de MGM (Member Get Member). Quem não se lembra dos convites para o cartão Nubank?
Hugo Bernardo, Country Manager da Eventbrite
Hugo Bernardo eleva o nível da discussão ao questionar se realmente vale a pena investir muito tempo pensando em estratégias de Growth Hacking.
O seu ponto é que os “hacks” podem sim ajudar as startups a terem pequenos picos de crescimento, mas não as ajuda a criar uma estratégia de médio ou longo prazo.
Segundo Hugo, o que o empreendedor deve fazer é realizar mais testes de produto, focar em atendimento de qualidade e customizar soluções para problemas locais (isso trazendo um pouco mais para a realidade da Eventbrite, que é uma empresa norte-americana).
Já tivemos um super papo com ele em nosso podcast. Perdeu? Então dá uma olhada aqui!
Matt Montenegro, fundador do Vida de Startup e da Beved
O Vida de Startup é uma newsletter, que teve origem em um seu blog de mesmo nome – um dos mais legais no universo de startups brasileiras, mas nem sempre foi assim.
Quando o Matt começou ele tinha pouco tempo para criar conteúdo e aí a sacada dele foi traduzir o maior número possível de conteúdos internacionais.
Ele fazia uma curadoria de conteúdo e traduzia para os leitores brasileiros.
Depois ele começou a convidar outros empreendedores, em um modelo de Guest Post. E uma outra coisa que ele testava bastante eram os títulos, como o título do artigo “Pare de reclamar da Bel Pesce e comece logo a trabalhar“, que gerou mais de 10 mil visitas em um dia.
Ótimo! E o que fica de aprendizado?
O fato é que não existe uma bala de prata. Se você não tem um excelente produto, não importa a estratégia que você vai implementar. O resultado não vai existir.
“Growth is an after-effect of strong product market fit and great distribution.” Andrew Chen
Por isso, para a pergunta: – Growth Hacking, o que é? – a resposta é ampla. O primeiro passo é entender a realidade da sua empresa, o “estado da arte” do seu produto e aí então realizar testes em canais.
Os canais tradicionais parecem realmente dar certo: assessoria de imprensa, indexação de palavras chaves [SEO] e conteúdo de qualidade. Isso é o básico.
A partir daí as estratégias das empresas podem ir evoluindo para canais pagos, assumindo que a gestão conhece os unit economics da empresa como:
- custo de aquisição de cliente,
- Lifetime Value,
- Churn, etc.
Material extra! Está pensando em formar uma equipe e usar estratégias de Growth Hacking para a sua empresa? Ou só quer saber um pouquinho mais sobre Growth Hacking? A RD Station fornece um material educacional gratuito e muito bom sobre isso em “O Guia Definitivo do Growth Hacking – teoria e prática“.
Confira também: Entrevista com Amure Pinho, Presidente da ABStartups
Faixa Bônus do papo: se você empreende no mundo digital então tem que dar uma passada no Cubo, que é uma iniciativa da Redpoint eventures e Itaú para conectar, inspirar e transformar o ecossistema empreendedor.
Gostou? Tem alguma dica? Ou alguma estratégia de Growth Hacker que vale a pena ser compartilhada? Sabe tudo de Growth Hacking, o que é e como se aplica na prática? Fale com a gente!
Veja mais: Entrevista com Marcelo Salim, Empreendedor Endeavor do Ano & Diretor de Educação do Startup Rio
Descubra também a entrevista com o empreendedor Pedro Renan que fala sobre o que é Growth Hacking, entre outros assuntos.
Agora é hora de colocar as mãos na massa e levar para a sua empresa essa nova forma de pensar nas melhorias que a organização precisa.
Conheça também a Pluga e as soluções de integração que te oferecemos para eliminar tarefas manuais e chatas da sua empresa, contribuindo para aumentar a sua performance em todas as áreas. Faça um teste grátis por 7 dias.